O sistema oficial de graduação, que já existe desde 1972, foi idealizado pelos grandes mestres do Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia. Tem sua fundamentação nas cores da Bandeira Nacional, estabelecida de forma lógica, sendo a primeira cor o verde, depois o amarelo e o azul. A cor branca só entra no nível de mestre. A relevância da importância da fundamentação desta graduação é que como a Capoeira é um esporte genuinamente nacional, nada mais justo e patriótico do que estabelecer as cores nacionais para se graduar. A idéia da regulamentação da Capoeira surgiu no II Simpósio Sobre Capoeira, realizado em 1969, em Campo dos Afonsos - RJ, com a presença de pessoas de renome e mestres de Capoeira, principalmente dos estados do Rio de Janeiro, da Bahia e de São Paulo.
A princípio, a proposta do Simpósio era definir e unificar a Capoeira sem que a mesma sofresse qualquer tipo de perda relativa às suas tradições. A partir daí, ficou decidido que a Confederação Brasileira de Pugilismo organizaria o projeto através de sugestões e trabalhos de pessoas envolvidas com a Capoeira. Finalmente, em 26 de dezembro de 1972, o Regulamento Técnico da Capoeira foi aprovado pelo Conselho Nacional de Desportos. O texto do Regulamento Técnico foi revisto e atualizado pela Assessoria de Capoeira da Confederação Brasileira de Pugilismo através de inúmeros congressos técnicos, até chegar a atual edição, que considera os seguintes itens: graduação, vestuário e característica dos cordéis de classificação.
Regulamento Técnico oficial da Capoeira elaborado em 26 de dezembro de 1972 Nível do aluno As graduações do Regulamento Técnico da Capoeira de 26 de dezembro de 1972 são as seguintes por estágios:
Nível de aluno
1º Estágio - Cordel verde
2º Estágio - Cordel verde-amarelo
3º Estágio - Cordel amarelo
Nível do instrutor
4º Estágio - Cordel amarelo-azul
5º Estágio - Cordel azul (formado)
6º Estágio - Cordel verde-amarelo-azul (Contramestre)
Nível de mestre Mestre
1º Grau - Cordel branco-verde Mestre
2º Grau - Cordel branco-amarelo Mestre
3º Grau - Cordel branco-azul Mestre
4º Grau - Cordel branco
Obs os níveis de graduação de mestre foram adotados pelo conselho nacional de desporto da confederação brasileira de pugilismo para melhor organização dos capoeiristas na época em que foi elaborado Regulamentos Técnico oficial da Capoeira, ficando livre a escolha de cada grupo referente à graduação de mestre. Nota: A liga Brasileira da capoeira cordel vermelho tem seu sistema de graduação com base nas dez bandeiras arvoradas em solo Brasileiro.
Vestuário
O vestuário do capoeirista para intervir em qualquer competição oficial, consiste em: a) calça branca, em helanca ou brim ou tecido similar, cuja bainha alcance o tornozelo, atada à cintura pelo cordel indicativo da classe a que pertence o atleta. É proibido o uso de calça de outra cor que não seja branca e bem assim o uso de cintos, bolsos, fivelas etc.; b) o capoeirista vestirá camisa branca de malha, tendo estampado no peito o escudo de sua entidade; c) nas competições individuais e por equipes, o atleta deve participar das lutas sem o cordel de classificação. Características dos cordéis de classificação O cordel de classificação é confeccionado com o fio de seda chamado rabo de rato ou similar. O seu preparo consta de um trançado de nove fios, ou seja, três grupos de três fios. Faltando 10cm. Para as extremidades do cordel, serão dadas três laçadas. Como acabamento e amarração, será dado um nó em cada fio. O cordel será colocado na calça do capoeirista, transpondo as passadeiras, de maneira que seja dado o nó no lado direito da cintura e que fiquem pendentes as duas pontas do cordel. Os cordéis nas cores verde, amarelo, azul e branco serão constituídos por nove fios da mesma cor. Os cordéis verde-amarelo, amarelo-azul, branco-verde, branco-amarelo e branco-azul serão confeccionados com seis fios da primeira cor e três da segunda. O cordel verde-amarelo-azul contará de três fios de cada cor.
By. SÉRGINHO
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