quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

DICIONÁRIO DE CAPOEIRA

Bará - qualidade de Exu, deus nagô, mensageiro entre os demais deuses e o homem.
Baraúna - arvore de grande porte. É termo tupi de ybiráuna, a madeira preta.

Camará - corrurtela de camarada. Nas cantigas tem a acepção de companheiro.
Camboatá - um tipo de peixe pequeno que vive em água doce. Ou, segundo Teodoro Sampaio, "o que anda pelo mato".
Dendê - planta da família das palmáceas, conhecida por dendezeiro. O dendê foi trazido para o brasil pelos negros africanos. Para Alexandre da Silva Corrêa, os negros usavam dele para untar o corpo, ficar com a pele macia e lustrosa. "Os armadores de escravos, os fazem embar com eles (dendês); assim para temperar-lhe a escabrosidade das jasnas".
Lambaio - bajulador, adulador
Lampião - nome próprio de Virgulino Ferreira da Silva, famoso cangaceiro do nordeste do Brasil.Senzala - local onde morava a escravaria, sob o comando de um senhor.
Sinhá - corrutela de senhora.
Sinhô - corrutela de senhor
Yayá - diminutivo de sinha, corrutela de senhora.
Yoyô - diminutivo de sinhô, corrutela de senhor.
Piaba - capoeira sem valor
Sardinha - navalha
Arriar - deixar de praticar a capoeiragem
Tungar - ferir o inimigo
Carrapeta - pequeno, esperto, audacioso
Calentar - corruela de acalentar. Em algumas cantigas: "fazer calar uma criança".
Palácio de cristal - detençãoMandiguero - corrutela de mandingueiro. Deriva de mandinga, feitiço, bruxaria.
Mangangá - designa um inseto da classe dos dípteros.Loiá - contração de lá oiá, corrutela de lá olhar.
Luanda - nome de uma cidade africana e capital de Angola. 
Besôro - s. m. 1. Corruptela de besouro. A maioria dos lingüistas considera desconhecida a origem do termo. Designação comum aos insetos coleópteros. 2. Na capoeira, geralmente é nome próprio personativo, designando o capoeirista Manuel Henrique, conhecido como Besouro Cordão de Ouro, ou Besouro Mangangá, um dos heróis míticos da capoeira.
urumbumba - s. m. Uma das denominações do berimbau, registrada por Fernando Ortiz, que tem trabalhos extraordinários sobre a etnografia afro-cubana. Ortiz fornece-nos uma informação valiosa: a do uso do berimbau nas práticas religiosas afro-cubanas, coisa que não se tem notícia de outrora se fazer no Brasil, e nem tampouco em nossos dias, a não ser nas práticas religiosas de após o último Concílio Ecumênico, com o surgimento de missas regionais, como a conhecida pelo nome de Missa do Morro e outras, onde o berimbau, juntamente com outros instrumentos africanos, tem papel importante.
Axé - s. m. 1. Cada um dos objetos sagrados do orixá - pedras, ferros, recipientes, etc. - que ficam no peji das casas de candomblé. 2. Alicerce mágico da casa do candomblé. 3. Axé designa em nagô a força invisível, a força mágico-sagrada de toda divindade, de todo ser animado, de todas as coisas. Corresponde, grosso modo, à noção tão cara aos antropólogos, de mana. É a força sagrada, divina, que todavia não pode existir fora dos objetos concretos em que se encontra, de tal modo que a erva que cura é axé, e que o alimento dos sacrifícios é também axé.
"Baiana" - (gíria antiga, transcrita em 1886 por Plácido de Abreu) s. f. Joelhada que se dá depois de se haver saracoteado para tapear o inimigo


BY: SONECA

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